Histórico – Evolução da TV Terrestre no Brasil
TV 1.0
A TV analógica (que convencionamos chamar de “TV 1.0”), que surgiu no Brasil em 1950, era em preto e branco com som monofônico.
TV 1.5
Em seguida, algumas melhorias compatíveis com versões anteriores (que convencionalmente chamamos de "TV1.5"), como cor (na década de 1970), som estéreo e legenda oculta (na década de 1980), foram adicionadas a ela.
TV 2.0
A partir de 2007, foi introduzida no Brasil a primeira geração de Televisão Digital Terrestre (que convencionamos chamar de “TV 2.0”), trazendo vídeo de alta definição, som surround, recepção móvel e interatividade.
Desde então, o cenário tecnológico mudou muito. Com base nesse cenário tecnológico, o Fórum SBTVD reconheceu a necessidade de evoluir o SBTVD. Também reconheceu que alterar a camada física, a camada de transporte e/ou a codificação audiovisual não seria compatível com versões anteriores. No entanto, a transição para uma nova geração de Televisão Digital Terrestre é um processo longo, baseado nos investimentos necessários tanto para as emissoras quanto para os consumidores e na expectativa de vida útil dos transmissores e receptores de TV. Considerou-se, assim, necessário aumentar ao máximo a vida útil do sistema de Televisão Digital Terrestre existente através de uma evolução retrocompatível (projecto a que demos o nome de “TV2.5”) e iniciar o desenvolvimento da próxima geração de Televisão Digital Terrestre Sistema de televisão (o projeto que chamamos de “TV3.0”).
TV 2.5
O projeto “TV2.5” envolveu duas vertentes: integração broadcast-banda larga e qualidade audiovisual. O primeiro aspecto envolveu o desenvolvimento de um novo perfil de receptor para o middleware Ginga (receiver profile D, também conhecido como “DTV Play”), abordando casos de uso como vídeo sob demanda, dispositivo complementar sincronizado, aprimoramento audiovisual pela Internet e conteúdo direcionado . O segundo aspecto foi abordado através da introdução de três novos codecs de áudio imersivos opcionais (Áudio MPEG-H, E-AC-3 JOC e AC-4), mantendo o áudio principal MPEG-4 AAC para compatibilidade com versões anteriores, e através da introdução de dois novos formatos opcionais de vídeo HDR (metadados dinâmicos SL-HDR1 e sinalização de "características de transferência preferidas" HLG), mantendo MPEG-4 AVC (H.264) / 8 bits / BT.709 / 1080i para compatibilidade com versões anteriores. A revisão dos padrões do SBTVD contendo ambos os aspectos “TV2.5” já foi publicada (disponível em
https://forumsbtvd.org.br/legislacao-e-normas-tecnicas/normas-tecnicas-da-tv-digital/english/ ).
TV 3.0
A fase 3 está em andamento. Durará cerca de dois anos e meio (de fevereiro de 2022 a agosto de 2024).
Em 2022, estamos trabalhando na elaboração das especificações técnicas de codificação de vídeo, codificação de áudio e legendas e planejando todos os detalhes das atividades de 2023-2024.
De março a agosto de 2023, realizaremos uma avaliação subjetiva da qualidade da codificação do vídeo (para determinar a taxa de bits necessária) e testes laboratoriais complementares para a seleção da tecnologia da camada física. Em setembro de 2023, serão selecionadas duas tecnologias candidatas à camada física para seguirem para os testes de campo, que ocorrerão de outubro de 2023 a março de 2024. A decisão final sobre a tecnologia da camada física está prevista para abril de 2024. A especificação técnica correspondente será ser elaborado de maio a agosto de 2024.
Entretanto, I&D na camada de transporte (desenvolvimento das necessárias adaptações e extensões à especificação ROUTE/DASH, juntamente com uma implementação mux/demux de referência) e na codificação da aplicação (desenvolvimento de adaptações e extensões ao DTV Play for TV 3.0 Application Coding , juntamente com um IDE e uma suíte de testes) e a elaboração das respectivas especificações técnicas ocorrerá de março de 2023 a agosto de 2024.
Uma demonstração completa da TV 3.0, integrando todos os componentes do sistema, está planejada para a SET Expo em agosto de 2024.
A TV 3.0 deve ser lançada em 2025.
Resultados
Considerando os resultados dos testes e avaliações da Fase 2 do Projeto TV 3.0, bem como os aspectos de mercado e propriedade intelectual das tecnologias candidatas, o Fórum SBTVD encaminhou suas recomendações sobre a seleção de tecnologias candidatas ao Ministério das Comunicações do Brasil. Essas recomendações obtiveram a anuência do Ministério das Comunicações do Brasil para divulgação pelo Fórum SBTVD. Foram adotadas as seguintes decisões para a continuidade do Projeto TV 3.0: