Eu vejo a Globo batendo as pernas para não afundar nessa hora de mudança de modelo de consumo de conteúdo televisivo. Porém comparar as outras à Globo é injusto: a Globo era a 4a maior rede de TV do mundo desde pelos menos os anos 90 até meados de 2000 - hoje em dia é a segunda. Ou seja: já está na frente, e não apenas no Brasil, há muito tempo, portanto as possibilidades para ela é uma mera questão de estudar bem o que se quer fazer, não que vá dar certo necessariamente, e preocupação com financiamento inicial é provavelmente livre de stress. Não se esqueça que todo começo de ano, com sua decisão acertada de comprar o formato Big Brother 20 anos atrás, ela bombeia dinheiro pros seus cofres produzindo um programa barato, que dura 3 meses, e ainda por cima exibe comerciais DENTRO do programa por mais de meia hora quase que diariamente. Então eu meio que excluo a Globo de tudo pois não dá pra comparar - embora a Globo, já tem anos, se popularizou para imitar as outras emissoras que agradavam a glamurosa classe C que passou a ter mais poder aquisitivo, e o lance dela agora é emular o estilo do que faz SBT com "Chaves": transformam novelas açucaradas, como "O Cravo e a Rosa", em coringas de programação que são escaladas a qualquer momento pra tapar buraco de programação vespertina para levantar o ibope. Quando eu era adolescente a Globo tinha 1 reprise de novela e 1 reprise de filme na programação vespertina, o resto era tudo programação inédita. Agora é isso que tá aí. Mesmo assim ela tem seu próprio streaming, etc.
O SBT sempre foi uma emissora que tinha 70% de sua programação composta por enlatados. Nunca levei a sério. Sem contar que a maioria de sua programação original é baseada em produtos de auditório. Não dá pra levar a sério.
RedeTV começou com a proposta de ser uma mudança das TVs e deu em qualquer porcaria.
Record tem verba vocês sabem vindo de onde, mas tem bispos como chefes de programação, então, hahahaha... é isso aí. Eu não tomo avião pilotado por bispo, então não vejo TV comandada por igreja.
E a Band é aquela coisa que eu via como diferente das demais. Mas eles não sabem gastar o dinheiro que tem, e nem correr por fora. A estética era interessante, a luz dos programas sempre foi boa, mas não dá pra ter uma emissora que emprega os colegas. Contratam executivos ridículos que já falharam em outros lugares (oi, Rogério Gallo!), não entendem os formatos que dão certo em sua programação e os usam de vacas leiteiras sem se preocupar em deformar o produto (Masterchef), e segue o baile.
A sorte dessas emissoras é que o Brasil é pobre (entretenimento de graça não tem porque acabar) e pelo fato da nossa geografia permitir que sinal de TV chegue em qualquer lugar com antena. Se dependesse de cabo, estavam ferradas.