Empresa focará nos 400 mil assinantes pós-pagos, 200 mil pré-pagos e ainda quer trazer de volta parte dos 4 milhões de usuários que um dia passarma pela OiTV. Conversas com programadores e fornecedores estão em curso
telaviva.com.br
Para Mileto, primeiro objetivo é assegurar continuidade da Oi TV
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Roberto Guenzburger, diretor da Mileto
Roberto Guenzburger, ex-executivo da Oi e hoje um dos responsáveis pelo projeto da Mileto para assumir a Oi TV, diz que o objetivo principal dos investidores que estão por trás do negócio é manter os serviços em operação. Segundo ele, são 400 mil clientes no modelo pós-pago, 200 mil assinantes no modelo pré-pago e cerca de 4 milhões de antenas e equipamentos que um dia já estiveram conectados à OiTV e que a Mileto vai trabalhar para recuperar, pelo menos em parte. "Nós vamos trabalhar para assegurar para os clientes da OiTV e para todos os parceiros do ecossistema que o serviço será mantido pelo menos com a oferta atual de conteúdos", diz ele.
As negociações com parceiros de programação e tecnologia avançaram muito nas últimas semanas, diz Guenzburger, e a receptividade ao projeto tem sido muito boa. "Havia a perspectiva real de fim do serviço OiTV, e a nossa oferta reverte essa expectativa. Agora existe espaço para continuidade do projeto", diz ele, destacando a importância da oferta da Mileto ter sido ratificada em leilão realizado no escopo da Recuperação Judicial. "Isso nos dá muita segurança para seguir adiante", diz.
Guenzburger chama a atenção para o fato de que algumas etapas ainda precisam ser cumpridas para que a Mileto possa assumir, sobretudo a etapa de aprovação da Anatel. "Até lá, segue uma operação da Oi, mas com certeza já estamos falando com os parceiros e com o time de gestão. Os funcionários da OiTV que desejarem poderão ser reaproveitados porque queremos uma transição imediata assim que a aprovação sair".
Ele explica que deve haver um rebranding da operação, mas a marca ainda não está definida. Mileto, por enquanto, é o nome da holding de investidores que assumiu o projeto. O conteúdo da Oi TV no curto prazo deve ficar como está. A gente venceu o leilão mas ainda há passos, como a aprovação regulatória. Mas estamos felizes de sairmos vencedores. Ela foi ratificada agora no Leilão Judicial. Nosso objetivo com a nossa empreitada era dar continuidade à operação. Dá a segurança para renovar os contratos e dar continuidade.
Por enquanto, a Mileto não fala em planos sobre o futuro do produto de DTH (TV paga via satélite) e sobre o produto IPTV (em redes de fibra). "Nosso primeiro foco é manter os clientes atuais satisfeitos e a operação viável. Depois vamos projetar os próximos passos", diz ele. Um primeiro desafio é colocar a operação no azul, o que passa pelas negociações com parceiros de programação e fornecedores, o que já está em curso.
A parceria com a SES, operadora do satélite, está confirmada, o que significa que não haverá a necessidade de troca de equipamentos nem apontamento das antenas de DTH para outro satélite. "Sabemos que o mercado mudou muito, mas acreditamos no valor do produto via satélite, que é a única opção em muitas localidades do Brasil", diz ele. Um dos fatores de mudança é a nova TVRO, ou a transmissão aberta de canais de TV via satélite na banda Ku de maneira gratuita. Hoje, as plataformas de TVRO têm mais de 80 canais abertos, mas a Oi pretende manter as parcerias com os principais canais abertos que têm hoje e a possibilidade de conteúdos pagos de qualidade para o assinante pós-pagos ou para os clientes pré-pagos que façam recarga.
Ainda falta a aprovação da ANATEL .