Desculpa, entendi errado, quando vc diz querer ligar sua tv e carregar o sinal sem ter que esperar ou abrir uma série de apps para isso.
Sim, eu sei disso, no entanto, a NET trabalhava numa condição de entregar o melhor sistema de tv por assinatura que se tinha no país, vide a analogia que se tinha: vc tem tv a cabo? sim, tenho NET. NET virou sinônimo de tv por assinatura no país, e acho que a Claro, ao invés de investir no que era bom e melhorar o que poderia ter sido melhorado, deu de ombros pro público que não se importa com serviços mil de streaming disponíveis atualmente e quer um bom produto de tv por assinatura.
Não precisa se desculpar. Você está participando e a ideia deste lugar é essa mesma.
A questão é que eu não sou contra apps. Pra streaming tá de boa. Não simpatizo é com app que tem a função de atuar como/substituir o serviço de TV paga oferecendo canais lineares. Tal serviço pode ser entregue direto no decoder sem a necessidade de uma conexão extra através de um app mequetrefe.
Ando vendo muito pouco canais de TV. O que tenho feito bastante é aproveitar pra ver, nos canais pagos, produtos que foram desenvolvidos para o streaming e que depois de uns dois anos caem na grade dos canais como lançamento ou especiais. Muita coisa do Discovery+ e do Max eu acabei assistindo assim. Nunca tive Globoplay pago, e a Globo também está copiando esse modelo: depois de um tempo no streaming, ela está lançando na TV aberta. Dessa forma tenho aproveitado pra fazer esse a la carte com coisas pelas quais aceito "pagar" apenas nesse formato: direto na grade da TV paga. No caso dos canais fechados, é ainda melhor pois, com função reprise, tenho dias pra assistir e rever algo que queira dar uma conferida extra. Muita coisa de streaming me interessa apenas se for em tal equação. Certas produções não justificam uma assinatura.
Atualmente a TV paga me perde em duas hipóteses:
- se aumentar a assinatura pra um valor que julgo injusto
- se empurrar essa história de "acabou decoder, agora só via app"
Nessas hipóteses volto pra antena, pois ficar sem telejornais não dá, e complemento com 1 ou 2 serviços de streaming.
Vou me poupar de sustentar cargo de executivos preguiçosos ou adquirir um serviço de TV que cobra por pacotes e, pior ainda, descaracteriza o serviço tirando aos poucos canais interessantes como os canais Mundo que estão cada vez mais capados.
Faltou citar mais uma coisa irritante nesse contexto de sucateamento: nos anos 90 era impensável colocar televendas na TV paga. Mas aí começaram de mansinho, 1 hora de Polishop num canal, ninguém reclamou? Beleza, vamos por em outros canais do grupo (a Fox fazia isso, não sei se os canais Star ainda são assim). Aí outro grupo faz o mesmo arrendando horário pra venda de joias ou tapetes. Opa, ninguém reclama, vamos por nos outros canais também. (Não trabalho em TV paga então deduzo tendo em vista a ausência de matérias sobre isso na imprensa especializada). Então se está assim parte é por culpa do assinante que achou normal quando começou e não se indignou.
Olha, o que sei é que o João Appolinário fez o canal Polishop nos anos 2000 e não nos 90.
E esses canais de televendas, até onde sei, não pagamos por eles. Eles são uma cortesia que é adicionada na lista de canais pra fazer volume. Shoptime já era e Polishop (na Vivo) também. Achei que demoraram até demais pra morrer. Quando penso que até quase fim da década de 90 ainda tinha gente comprando por catálogo, via correio(!), quando já tinha sites, sempre vejo que aderência à novas tecnologias é lenta. Muita coisa teve que mudar no Brasil pra acelerar tudo: tiveram que dar cartões de crédito pro povo, tiveram que investir pesado na internet celular. Se estivéssemos ainda dependendo de cabeamento... o Brasil tava porco! Tinha lugar que até hoje não saberia o que é internet.
E assim: canais como E! (e similares) sempre tiveram programação de no máximo 12 horas, quando não eram apenas 8 ou 6. Então o resto do dia eram só reprises. Aí eles começaram a vender o horário de reprises pros televendas, o que nunca me incomodou, pois entravam em horários atípicos e nunca no horário nobre. Aí vigorou a lei que determinou que esses canais, pra atuarem no Brasil, precisavam ter conteúdo nacional também. E daí tiraram mais reprises e precisaram, mais que nunca, vender intervalo ou blocos. Sabe quem presta atenção nesses canais? Minha avó. Ela sabe comprar pelo celular, mais ainda tem o costume de apreciar os produtos pela TV. Quem se acostumou com essas coisas, ainda está ligado nessa forma de comprar.
Eu particularmente não sou do tipo que penso: paguei então quero programação inédita 24hs por dia. Pra mim, na época, tendo uma programação interessante que se repetisse 3 vezes por semana, era aceitável e uma boa fórmula. Eu via de tudo e não perdia nada. Mas agora estamos em 2024 e ninguém precisa esperar reprise. Faz mais sentido terem a função reprise on demand. E ainda tem canal não oferecendo isso! Cadê a Vivo pra entrar no meio e defender os nosso interesse, atuar pelo consumidor e cliente?
Fico mais é incrédulo de ver como o sucateamento foi acontecendo a partir do momento que o produto começou a ascender, quando veio a programação dublada como padrão, e foram aos poucos sumindo com coisas como a já citada falta de legendas. A partir dessa época começaram a sumir os sites oficiais dos canais, que eram ótimos pra contatar a equipe e reclamar de problemas técnicos. Foram substituídos por perfis em redes sociais, e não tinha pra quem reclamar (tanto dos problemas quanto da extinção dos sites). E se você quisesse reclamar, precisava criar perfil em Orkut, Facebook, Twitter. Um porre. Aí veio essa onda nas quais nos encontramos: reclamamos de falta de legenda ou canal de audio original, as operadoras dizem que só repassa o sinal. Reclamamos pro canal, dizem que estão enviando sim legendas e que o problema é a operadora. E segue o baile.
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