Certas pessoas querem fazer fama querendo se achar as "sinceronas raiz" e na hora de serem confrontadas com as suas "sinceridades raiz", ficam com o rabo entre as pernas porque não têm como argumentar diante dos seus delitos cometidos em função de suas "sinceridades raiz".
E, no fundo, nem são "sinceridades raiz", são só "melancias penduradas no pescoço" pra ganhar rebanho pobre de espírito. Aliás, sim, meus amigos, é assim que a religião de culto exterior funciona, ainda mais a institucionalizada: na base do "faça tudo que eu digo, mas não faça nada que eu faça", o popular "sou santo até que provem o contrário; e mesmo provando, continuo sendo santo, entenderam?"
A propósito: Moisés era homofóbico. Paulo de Tarso? Igualmente. E Jesus, o "Filho de Deus", o "único que nunca pecou", quando foi homofóbico? Há até quem diga que naquela passagem que diz "há eunucos que se fizeram eunucos pelo Reino de Deus", ele se refira por "eunucos" o que se entendia na época: homossexuais. Não seria a primeira nem a última contradição da Bíblia haja vista a longa história de manipulação de textos bíblicos de todas as formas acobertada pela frase de Paulo (que, aliás, é considerada apócrifa já que até mesmo teólogos católicos consideram as epístolas pastorais escritas depois da morte de Paulo), "toda Escritura é inspirada".
Em outro post, citei Celso, mas não disse quem ele era. Ele foi um filósofo neoplatônico e, como todo neoplatônico, tinha todos os motivos para denunciar a fraude do cristianismo (até mesmo a escolha da palavra "demônio" na Bíblia foi um ato deliberado de difamação da fé neoplatônica, uma séria e perigosa concorrente do cristianismo nascente, em especial da época em que o Novo Testamento foi escrito e escolhido pelos pais da Igreja nos vários concílios - pesquisem o sentido do termo "demônio" usado por Sócrates e Platão). Uma das fraudes do cristianismo, provada pelos registros históricos através mesmo dos manuscritos mais antigos sobreviventes, era que os sacerdotes cristãos manipulavam os textos evangélicos o tempo todo, se aproveitando do analfabetismo das massas a quem eles se dirigiam, para estarem "certos o tempo todo" de suas ideias em relação aos que argumentavam coisas como, por exemplo, o fato de que nenhum profeta do Antigo Testamento (nem mesmo Isaías) previu com exatidão a vinda de Jesus como Messias, ou o fato de que Jesus foi condenado à cruz por motivos legítimos, e ele mesmo dizia que para segui-lo temos que carregar nossa cruz, ou seja, temos que desafiar os poderes institucionalizados, temos que ser subversivos a eles (a cruz sempre foi a pena no Império Romano por subversão, para quem ousava desafiar o poderio do César e a "pax romana").
Sabem aquele versículo, "conhecereis a Verdade e ela vos libertará"? Pois é, ela não é exclusiva do Evangelho de João; ela também está no Evangelho Gnóstico de Felipe (aquele que costuma ser acusado de falar que Jesus beijava Madalena na boca) e é um princípio fundamental da minha fé pessoal gnóstica: o conhecimento, o aprendizado, esse sim é a salvação, não crer que Jesus na cruz foi um sacrifício de um "inocente" para redenção da Humanidade - crença essa criada sob medida para a preservação da pobreza de espírito das ovelhas e a farisaíce sacerdotal, como podemos ver até hoje.
Conhecimento liberta. Conhecimento salva. Mas o que os poderosos, o Estado, a Igreja, querem dar às massas? Libertação ou escravidão? Salvação ou opressão? Pois é, por isso que a Humanidade é assim.