Solução para TV Gazeta pode ser mais política que lógica
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Fernando Collor não é um personagem ao acaso. E também não é chamado de presidente até hoje por força ou obra do destino. Ou sina.
A influência e o nome delle envolvidos na mudança de sinal da Globo atrasam um plano que a emissora carioca tinha como favas contadas.
Tanto que a TV Asa Branca construiu uma sede local- talvez rápido demais- investiu ao menos R$ 15 milhões mas ainda não viu o retorno nem do sinal, em briga na Justiça, nem em anunciantes suficientes.
A demora favorece a TV Gazeta, ainda a maior beneficiada em patrocínios do poder público.
Atrás do poder público estão Arthur Lira, Renan Calheiros, Paulo Dantas, JHC. Todos aliados de Collor. Todos interessados em manter, pelo maior tempo possível, o jogo como está.
Exemplo simples: esperava-se que o ex-senador ficasse preso num presídio comum. O mesmo STF que expediu o cumprimento da pena em regime fechado também autorizou o uso de tornozeleira eletrônica e a saída delle para casa.
Prevaleceu a lógica? Ou a política?
Collor disse que, em política, não existem amigos mas interesses. E não está desamparado neste momento.
A posição do Ministério Público Federal, recomendando ao STJ obrigar a Globo a renovar o sinal com a Gazeta até 2030 também deve ser situada na influência do nome de Collor em Brasília.
É possível que o STJ contrarie o MPF? Sim, mas o contrário não será surpresa.
O certo virou dúvida. Porque a lógica é política.
Repórter Nordeste
reporternordeste.com.br