Noplace: nova rede social do momento
Com a missão de resgatar o aspecto “social” das redes sociais, um novo aplicativo chamado Noplace (Sem Lugar, em português) conquistou o topo da App Store após sair do modo exclusivo para convidados na última quarta-feira.
Voltado para o público jovem ou qualquer pessoa interessada em se conectar com amigos e interesses em comum, o Noplace é um Myspace moderno, com perfis vibrantes e personalizáveis que permitem aos usuários compartilhar desde o status de relacionamento até o que estão ouvindo, assistindo, lendo ou fazendo.
Capitalizando seu potencial no desafiador mercado de mídias sociais, o Noplace já havia se tornado viral antes de seu lançamento público, graças ao recurso que permite aos usuários expressarem-se personalizando as cores de seus perfis.
Mesmo que a Geração Z não tenha vivenciado o Myspace e suas personalizações caóticas, persiste um sentimento nostálgico por uma experiência de rede social que nunca experimentaram. Informações do TechCrunch.
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“A magia e a diversão da internet de outrora parecem ter se perdido. Tudo está muito padronizado”, afirma a fundadora e CEO Tiffany Zhong, que anteriormente criou seu próprio fundo de investimento em estágio inicial, a Pineapple Capital, e ainda na adolescência, colaborou com a Binary Capital, auxiliando-os a identificar oportunidades de investimento em startups.
Com experiência em todos os aplicativos sociais dos últimos dez anos, Zhong tem um olhar apurado para identificar futuros sucessos. Ela destacou o Musical.ly em 2015 como a startup que poderia se tornar o próximo Snapchat ou Twitter, após notar sua popularidade entre crianças e jovens.
Ela também compartilha frequentemente suas análises e percepções sobre produtos, especialmente aplicativos sociais, conquistando uma base de seguidores nas redes sociais. Com tal experiência, não surpreende que Zhong tenha visões claras sobre o que pode atrair os jovens usuários de hoje para um novo aplicativo de mídia social.
“Sempre gostei de redes sociais”, ela comenta, mas observa que as redes sociais não parecem mais tão sociais. “Virou tudo uma questão de mídia. Sinto uma grande desconexão.”
Isso se deve, em parte, ao fato de que nosso conteúdo é agora extremamente personalizado, explica a fundadora. “Consumimos conteúdos diferentes e temos interesses distintos dos nossos amigos, o que torna mais complicado encontrar uma comunidade”, ela relata.
O aplicativo Noplace visa criar um espaço onde as pessoas possam acompanhar seus amigos e também descobrir outras com interesses similares. Oferece um perfil mini e personalizável, onde os usuários podem compartilhar suas atividades atuais e adaptá-lo aos seus interesses.
Os perfis podem incluir tags, chamadas pelo aplicativo de “estrelas”, representando interesses ou tópicos relevantes para o usuário. Por exemplo, é possível adicionar o signo astrológico, o tipo de personalidade Myers-Briggs, hobbies ou fandoms, tornando os perfis visíveis para outros. Há também uma seção “top 10 amigos”, reminiscente do “top 8” do Myspace.
No entanto, o Noplace assemelha-se mais a um chat global ou a um concorrente do Twitter/X do que a uma alternativa ao Facebook, pois foca em atualizações de texto e, por enquanto, não suporta fotos ou vídeos.
“O Facebook de dez anos atrás, ou o Facebook da época do meu ensino médio, era cheio de atualizações legais da vida”, relembra Zhong. “Isso já não existe, certo? Podemos seguir [amigos] no Instagram, mas são apenas destaques, não atualizações frequentes.”
No Noplace, os usuários são incentivados a compartilhar o que estão fazendo no momento, e não atividades passadas. Se estiverem explorando uma nova cidade, assistindo a um show ou descobrindo uma banda, essas podem ser as atualizações de status. O aplicativo disponibiliza dois feeds: um com os amigos e outro global, com postagens de todos no aplicativo, e ambos estão em ordem cronológica.