Ou até se o presidente eleito tiver um viés mais liberal (como o Milei, que fechou a TV Pública da Argentina de uma vez e o pessoal daqui aplaudiu).
Ou seja, há governantes que acreditam que a TV Pública é um gasto desnecessário e gastam dinheiro com produtoras para divulgar os seus feitos.
Acho que se tivermos um presidente liberal, a TV Brasil vai passar por um processo similar ao da TV Cultura nos anos 2000, e como é as emissoras públicas europeias: exibirá comerciais assim como as emissoras gigantes.
Antes, a Cultura não tinha comercial nenhum, apenas campanhas institucionais, propagandas do governo estadual e chamadas da programação (basta ver qualquer intervalo da emissora até o início dos anos 2000).
De 2003 pra frente, a Cultura passou por uma dolorosa reestruturação, e após isso a Cultura passou a exibir comerciais, e é assim até hoje.
Caso, por exemplo, a executiva Maria Silvia Bastos Marques venha a ser presidente da República, acho que a TV Brasil vai abrir espaço para anunciantes privados e passará a exibir comerciais.
Aí, uma eventual redução de verbas federais seria amortecida pelo novo dinheiro — privado — que entraria no caixa da EBC, seja direta ou indiretamente via Lei Rouanet.