Membro conhecido
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Mas, na prática, o português do Brasil evoluiu dramaticamente a ponto de ter características únicas. Se, por um lado preservamos estruturas arcaicas que praticamente caíram em desuso em Portugal [sistema vocálico aberto, gerúndio, próclise...]. Por outro, introduzimos vários elementos incomuns não só no português como em todo o mundo latino como as estruturas analíticas ["Eu disse a ela" e não "Eu a disse" ou "Eu disse-a"], a dupla negação ["Não quero não"] e a flexibilização do artigo no plural ["Os menino"].
Mais uma vez eu reitero: não confunda a gramática normativa com a fala informal do cotidiano. Estar "errado" não quer dizer que ela não exista. A pergunta deveria ser: "De onde veio essa construção?" e o trabalho de Yeda Pessoa de Castro tenta procurar a origem do palavreado popular na influência banta comum a todo o país e que vai além do vocabulário. Leia o trabalho desta pesquisadora e depois me diga o que achou...Eu sei que a lingua é viva, mas ate onde eu sei, NUNCA, em tempo algum, que falar "os menino" deixou de ser um portugues errado, seja escrito, falado, telegrafado, pensado ou o que for... Igualzinho a "os pobrema" e outros exemplos.
E no caso do uso de uma construcao como "eu a telefonei" ou "eu a disse" isso passou a se tornar lugar comum em forma escrita, na midia e nos sites de internet. E ate onde sei (alguem me corrija se eu estiver errado), continua sendo uma forma ERRADA de escrever. Supostos jornalistas estao escrevendo dessa forma aos borbotoes por aí, mas isso nao "legaliza" essa forma de escrever.
Seu argumento difere dos links que voce passou... Incorporar palavras de outros idiomas em nossa Lingua (como o citado exemplo da palavra "caçula" que um dos links cita), é muito diferente de "legalizar" uma forma errada de falar Português. Uma enorme quantidade de pessoas fala "figo" (no lugar de figado), ou "os menino"? OK, mas continua sendo errado, seja falado ou escrito.
Ja outras formas realmente sao incorporadas, como o famoso exemplo do pavoroso termo "estadunidense" (dói nos ouvidos ouvir esse termo), o qual, por pura ideologia, as Esquerdas começaram a empurrar para nós nos últimos anos, a partir das Universidades, em substituicao ao muito mais usual "americano" ou "norte-americano".
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Mais uma vez eu reitero: não confunda a gramática normativa com a fala informal do cotidiano.
A construção "eu a telefonei" e "eu a disse" não só está correta como ela tem nome: próclise e é comum no espanhol.
Brasil: Dar frutos.
Portugal: Estão a dar frutos.
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