Tenho um pensamento diferente da maioria, gosto de ver notícias e produções de todo país, a diversidade cultural brasileira é um dos traços mais marcantes da identidade nacional, reflete as mais distintas manifestações artísticas, linguísticas e sociais presentes nas diversas regiões do país. veja nossa Alagoas, como é rica culturalmente, apesar dessa riqueza, observa-se uma clara desigualdade na representação midiática, especialmente em relação às produções culturais oriundas das regiões Norte e Nordeste, a mídia nacional tende a marginalizar ou estereotipar essas expressões, contribuindo para um apagamento simbólico e uma percepção distorcida da realidade brasileira. Um dos principais fatores que explicam essa rejeição está relacionado à centralização econômica e política da mídia brasileira. As principais emissoras de televisão, rádios e grandes veículos impressos estão sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que naturalmente resulta em um olhar centrado nessas regiões. As produções do Norte e Nordeste, por não se alinharem aos padrões estéticos e narrativos hegemônicos, muitas vezes são consideradas “folclóricas” ou “regionais”, sendo tratadas com exotismo ou, pior, com desdém. Além disso, o preconceito histórico e estrutural contra o Norte e o Nordeste reforça essa exclusão. A construção de um imaginário social que associa essas regiões à pobreza, ao atraso e à marginalidade contribui para que suas produções culturais sejam vistas como inferiores ou pouco atrativas comercialmente. Essa visão equivocada ignora o potencial artístico, a originalidade e a relevância sociopolítica de obras que emergem dessas áreas, como as literaturas de cordel, os filmes do cinema nordestino contemporâneo, as expressões musicais amazônicas e tantas outras formas de arte. A rejeição midiática, por fim, não é apenas uma questão de gosto ou mercado: trata-se de uma escolha política que alimenta a desigualdade simbólica e cultural no Brasil. Superar esse quadro exige um esforço coletivo de descentralização da produção e da difusão cultural, bem como o fortalecimento de mídias regionais e independentes que valorizem as vozes locais. Acredito que deveriamos ter algumas emissoras com programação total voltada para nossa região, a exemplo da TV Diário e da Amazon Sat.