Suposta cobrança de imposto sobre Pix é desmentida pela Receita Federal; criminosos criam boletos falsos para enganar usuários
Um golpe utilizando uma notícia falsa sobre um suposto imposto nas transferências via Pix está alarmando brasileiros. Criminosos se aproveitam do desconhecimento e da viralização de boatos para aplicar fraudes que incluem cobranças inexistentes.
A Receita Federal desmentiu a criação de qualquer taxa sobre movimentações feitas pelo Pix e emitiu um alerta sobre o golpe. Apesar disso, os golpistas continuam espalhando mensagens falsas e até mesmo deepfakes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para dar credibilidade às fraudes.
Como funciona o golpe da “Taxa do Pix”?
Os golpistas operam de forma engenhosa para enganar suas vítimas. Entenda os principais passos da fraude:
- Perfis falsos no WhatsApp: Contas clonadas ou forjadas de órgãos do governo enviam mensagens a vítimas.
- Mensagem de cobrança: É informado que há um imposto pendente sobre uma transferência acima de R$ 5 mil.
- Boleto falso: Um link ou anexo leva a um boleto fraudulento, direcionando o pagamento para contas dos criminosos.
- Ameaça de bloqueio do CPF: Para criar urgência, dizem que o CPF será bloqueado se o pagamento não for realizado.
Os criminosos, mesmo sem acesso às transações reais, apostam no envio em massa dessas mensagens para atrair vítimas que possam acreditar na fraude.
O que diz a Receita Federal?
Em comunicado oficial, a Receita Federal desmentiu categoricamente a existência de qualquer imposto relacionado ao Pix. A Constituição brasileira não permite tributação sobre movimentações financeiras, o que inclui as transferências instantâneas.
O órgão esclareceu ainda que a mudança no sistema, programada para 2025, trata apenas de uma atualização no monitoramento de transações financeiras. Essa fiscalização, voltada para identificar inconsistências com o Imposto de Renda, não envolve a criação de novos impostos.
Como se Proteger de Golpes no Pix
Para evitar cair em fraudes como a da “taxa do Pix”, siga estas orientações:
- Não confie em mensagens de números desconhecidos: Especialmente aquelas que pedem pagamentos urgentes.
- Verifique sempre a origem da informação: Consulte canais oficiais do governo ou da Receita Federal.
- Bloqueie e denuncie números suspeitos: Não interaja com mensagens que contenham links ou cobranças.
- Alerta amigos e familiares: Compartilhe informações confiáveis para ajudar a combater a disseminação do golpe.
O golpe da “taxa do Pix” é mais um exemplo de como boatos podem ser usados para enganar a população. A melhor defesa é a informação. Fique atento, cheque sempre as fontes e denuncie práticas suspeitas.
