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Tecnologia Desvairada

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Oct
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Tecnologia Desvairada

Venho apresentar aos nossos queridos seguidores um apanhado geral dos rumos tecnológicos ao longo da história. Esse apanhado, como o próprio nome diz, não terá como apresentar um relato dentro do rigor da historiografia, uma vez que é todo baseado na memória falível desse observador que vos escreve. Mas tem lá vários aspectos interessantes.

Comecemos com a necessidade de comunicação. A pesquisa do eletromagnetismo deu um primeiro importante rebento: o telégrafo. Essa novidade digital (pois era acionado com os dedos) facilitou o controle de tráfego dos trens (comboios, em Portugal), além de permitir a integração de vastos territórios como Brasil e Estados Unidos, além de permitirem a formação da primeira internet por cabos submarinos, interligando todos os continentes do mundo.

Em paralelo, o Sr. Alexandre Graham Bell desenvolvia um sistema analógico de transmissão de voz: o telefone. O desenvolvimento da indústria de telefonia, pelo interesse e necessidade, recebeu aportes gigantescos de investimentos.
Dos rebentos teóricos mais importantes, fomos brindados com a Teoria da Comunição de Shanon e a aplicação prática das idéias de George Boole, as quais permitiram a construção de centrais telefônicas automáticas operadas com o menor número de relés que a lógica booleana permitia.

A necessidade de operar cálculos complexos e dos prosáicos registros contábeis não ficaram de lado. A história dessa vertente começou bem antes com os ábacos, calculadoras mecânicas e computadores elétricos até desembocar na microeletrônica.

Os investimentos na indústria de telefonia e informática renderam dividendos extras a eletrônica de consumo, como o rádio, a alta fidelidade, a televisão e o computador pessoal. Se a indústria de TV dependesse de investimentos próprios, as telas planas gigantes de cristal líquido, prometidas desde os anos 1980, ainda seriam um sonho.


Estado Gasoso versus Estado Sólido

Fixemos agora nosso alvo nas tecnologias em Estado Gasoso (Válvulas Eletrônicas) e Estado Sólido (Transistores e Chips).

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Pode ser dito que a primeiras válvulas eletrônicas são ampola de Croockes e a válvula de Raios-X de Roentgen. Com esses recursos tecnológicos disponíveis, Thomson descobriu o elétron.
A primeira metade do século 20 passou por um vertiginoso desenvolvimento das técnicas em estado gasoso. Do Efeito Édison, descoberto através funcionamento da lâmpada de filamento, percebeu-se a possibilidade do controle da corrente elétrica em tubos de alto vácuo (ambiente gasoso de baixíssima pressão). A família de dispositivos decorrentes dessa tecnologia é imensa:
válvulas detectoras de rádio, retificadoras, amplificadoras, misturadoras, geradoras de microondas (em uso até hoje em fornos e radares), válvulas de captura de imagens e exibição de TV, geradores de LASER e até nos gigantescos aceleradores do CERN e interferômetros do LIGO.

O transistor, um dispositivo de controle de corrente elétrica em meio sólido e cristalino, resultados de pesquisas e investimentos da companhia telefônica Bell, permitiu a criação de uma infinidade de dispositivos semicondutores, entre eles os famosos chips, presentes em controladores domésticos como a máquina de lavar até nos mais poderosos computadores utilizados em corporações, centros de pesquisas e departamentos governamentais. O transistor substituiu e superou as válvulas em quase todas as aplicações e deu abertura para tantas outras, jamais sonhadas dentro do campo do estado gasoso.

Problemas à vista

A potência dos chips está ligada a constante miniaturização dos transistores, preconizada através da Lei de Moore.
Dizem que chegaremos ao transistor com dimensões atômicas. Mas há um sério entrave para atingir tal ambição: pulsos eletromagnéticos e os raios cósmicos. O primeiro acidente grave da história se dá no século 19, quando explosões solares danificaram várias redes telegráficas nos EUA.

Enquanto a variação da atividade da solar é cíclica, o bombardeio de raios cósmicos é constante. Por exemplo, nos anos 1990, câmaras de televisão de alta definição eram baseadas em um dispositivo em estado sólido conhecido com CCD - Charge Coupled Device não podiam ser transportadas por aviões. A trinta mil pés de altitude, o bombardeio de raios cósmicos é mais intenso que na superfície terrestre, de modo que tal exposição por várias horas de viagem, danificavam os Pixels (picture elements - elementos de captura de imagem) dos CCDs. Com a minuaturização dos CCDs, o problema foi mitigado, pois é mais difícil uma partícula de raio cósmico atingir tal alvo. Mas se isso acontecer, perde-se não somente um pixel, mas centenas ou milhares deles ao mesmo tempo.

Estranhas Coincidências

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Será que Crookes era Vascaíno?
A ampola que Crookes segura na mão é um radiômetro, outra fantástica invenção do cientista.

Se, de fato, os raios cósmicos forem um problema incontornável, ficará estabelecido um limite máximo de miniaturização para os chips em geral. Enquanto isso não acontece, vimos o nascimento de uma nova era na história da tecnologia: a computação quântica, baseada em dispositivos de Estado Gasoso...
 
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