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A BBC, a ITV e o Channel 4 estão resistindo aos apelos para adiar o desligamento da TV terrestre, mesmo com a preocupação de que a mudança para o streaming possa isolar o público mais idoso.
Os canais públicos (BBC, ITV, Channel 4 e Channel 5) estão em negociação com o governo sobre quando o streaming vai substituir por completo os sinais de TV tradicionais.
A regra atual garante transmissão pela antena apenas até 2034, mas há discussões sobre estender esse prazo.
A pressão maior vem da Arqiva, empresa que cuida das torres de transmissão no Reino Unido. Em 2022, ela lançou a campanha “Broadcast 2040+”, pedindo que o serviço terrestre seja mantido até 2040 ou além. Além do interesse comercial da Arqiva, organizações que defendem idosos e pessoas vulneráveis—como Age UK, Silver Voices, Rural Services Network e Voice of Listener and Viewer (VLV)—também fazem parte dessa campanha.
Por outro lado, grandes emissoras argumentam que manter a rede antiga custa muito caro e consome muita energia, enquanto a audiência cai. A BBC precisa economizar milhões devido a cortes no orçamento e já investiu forte em plataformas de streaming para atingir um público mais jovem—o mesmo vale para a ITV e o Channel 4.
Em documento enviado ao governo no ano passado, as emissoras afirmaram que o sistema único de serviço público britânico depende de uma distribuição universal e acessível. Elas alertaram que forçar a manutenção de redes antigas por mais tempo, ou tornar o acesso disponível só em grandes plataformas globais, pode enfraquecer toda a cadeia de produção de conteúdo britânico.
Quem lidera a Silver Voices, Dennis Reed, chamou de “indignante” a postura da BBC, dizendo que a corporação “parece querer abandonar a TV terrestre o quanto antes”. Para ele, milhões de idosos dependem da transmissão pela antena para ver TV e ficar informados, e a BBC deveria defender o acesso universal. Reed lembra que a empresa já deixou de oferecer licença gratuita para maiores de 75 anos e foca cada vez mais em público jovem.
O VLV, representado por Colin Browne, reforça que é essencial que todos no Reino Unido continuem a ter acesso gratuito aos canais públicos, sem custos adicionais. O grupo faz parte do fórum criado pelo governo para discutir o futuro da distribuição de TV e apresentar recomendações.
Alguns críticos acusam a Arqiva de agir por interesse próprio, já que seus contratos com a BBC vencem em 2031 e com ITV e Channel 4 em 2034. A empresa, no entanto, afirma que a TV terrestre gratuita e confiável alcança mais de 98% da população e é vital para pessoas idosas, em situação de pobreza digital e em áreas rurais. Para a Arqiva, o futuro do broadcasting no Reino Unido deve ser híbrido, com TV terrestre e streaming coexistindo.
A BBC declarou ao MailOnline que, embora o streaming ofereça mais opções e qualidade—até para públicos vulneráveis—nem todo mundo já consegue acessar a internet. Por isso, sua prioridade é garantir que ninguém fique de fora durante a transição digital. A corporação participa do grupo de trabalho do governo, junto a emissoras, representantes de infraestrutura e grupos de audiência, para assegurar que o desligamento só ocorra quando estiver tudo pronto. A BBC apoia a decisão do governo de definir um prazo até o fim do ano, para dar clareza a todos.
A ministra da Cultura, Digital e Esporte, Stephanie Peacock, lançou em novembro um fórum com a indústria, parceiros de infraestrutura e grupos de defesa dos espectadores para discutir a “transição da TV”. O departamento reforçou que trabalha para que ninguém seja deixado para trás com o crescimento do streaming e que vai decidir ainda este ano se estende a TV terrestre gratuita (Freeview) até pelo menos 2034.
ITV e Channel 4 preferiram não comentar.
Os canais públicos (BBC, ITV, Channel 4 e Channel 5) estão em negociação com o governo sobre quando o streaming vai substituir por completo os sinais de TV tradicionais.
A regra atual garante transmissão pela antena apenas até 2034, mas há discussões sobre estender esse prazo.
A pressão maior vem da Arqiva, empresa que cuida das torres de transmissão no Reino Unido. Em 2022, ela lançou a campanha “Broadcast 2040+”, pedindo que o serviço terrestre seja mantido até 2040 ou além. Além do interesse comercial da Arqiva, organizações que defendem idosos e pessoas vulneráveis—como Age UK, Silver Voices, Rural Services Network e Voice of Listener and Viewer (VLV)—também fazem parte dessa campanha.
Por outro lado, grandes emissoras argumentam que manter a rede antiga custa muito caro e consome muita energia, enquanto a audiência cai. A BBC precisa economizar milhões devido a cortes no orçamento e já investiu forte em plataformas de streaming para atingir um público mais jovem—o mesmo vale para a ITV e o Channel 4.
Em documento enviado ao governo no ano passado, as emissoras afirmaram que o sistema único de serviço público britânico depende de uma distribuição universal e acessível. Elas alertaram que forçar a manutenção de redes antigas por mais tempo, ou tornar o acesso disponível só em grandes plataformas globais, pode enfraquecer toda a cadeia de produção de conteúdo britânico.
Quem lidera a Silver Voices, Dennis Reed, chamou de “indignante” a postura da BBC, dizendo que a corporação “parece querer abandonar a TV terrestre o quanto antes”. Para ele, milhões de idosos dependem da transmissão pela antena para ver TV e ficar informados, e a BBC deveria defender o acesso universal. Reed lembra que a empresa já deixou de oferecer licença gratuita para maiores de 75 anos e foca cada vez mais em público jovem.
O VLV, representado por Colin Browne, reforça que é essencial que todos no Reino Unido continuem a ter acesso gratuito aos canais públicos, sem custos adicionais. O grupo faz parte do fórum criado pelo governo para discutir o futuro da distribuição de TV e apresentar recomendações.
Alguns críticos acusam a Arqiva de agir por interesse próprio, já que seus contratos com a BBC vencem em 2031 e com ITV e Channel 4 em 2034. A empresa, no entanto, afirma que a TV terrestre gratuita e confiável alcança mais de 98% da população e é vital para pessoas idosas, em situação de pobreza digital e em áreas rurais. Para a Arqiva, o futuro do broadcasting no Reino Unido deve ser híbrido, com TV terrestre e streaming coexistindo.
A BBC declarou ao MailOnline que, embora o streaming ofereça mais opções e qualidade—até para públicos vulneráveis—nem todo mundo já consegue acessar a internet. Por isso, sua prioridade é garantir que ninguém fique de fora durante a transição digital. A corporação participa do grupo de trabalho do governo, junto a emissoras, representantes de infraestrutura e grupos de audiência, para assegurar que o desligamento só ocorra quando estiver tudo pronto. A BBC apoia a decisão do governo de definir um prazo até o fim do ano, para dar clareza a todos.
A ministra da Cultura, Digital e Esporte, Stephanie Peacock, lançou em novembro um fórum com a indústria, parceiros de infraestrutura e grupos de defesa dos espectadores para discutir a “transição da TV”. O departamento reforçou que trabalha para que ninguém seja deixado para trás com o crescimento do streaming e que vai decidir ainda este ano se estende a TV terrestre gratuita (Freeview) até pelo menos 2034.
ITV e Channel 4 preferiram não comentar.
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