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Eu me solidarizo com essa dor.
O Telecine foi mesmo uma instituição icônica desde sempre, agradando a gregos e troianos, ao contrário dos outros canais Globo enfiados desde sempre nos pacotes mais básicos!!!
 
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Um colega do fórum poderia copiar e postar a matéria aqui .

Telecine passa por reformulação; veja o que já se sabe​

Globo fala em busca de ‘sinergia’ com outros departamentos da empresa e nega redução de oferta dos canais que integram a marca​


Por Danilo Casaletti
19/02/2025 | 13h55

Atualização: 19/02/2025 | 17h17


O Telecine, rede de canais por assinatura da Globo, passa por uma reformulação em sua estrutura para se adequar ao mercado atual de conteúdo. A informação foi confirmada ao Estadão nesta terça-feira, 18, pela assessoria de imprensa da Globo.

O primeiro passo para isso foi dado em uma reunião do departamento de marketing dos canais pagos, ocorrida nesta segunda-feira, 17. O encontro chamou a atenção do mercado e levantou suspeitas de que a emissora diminuirá a oferta de conteúdo e eliminará canais da marca, diante do desinteresse do mercado publicitário por esse tipo de mídia atualmente. Também foi ventilado que a Globo teria demitido cerca de 30 funcionários do Telecine, entre diretores e analistas de programação.

Ao Estadão, a Globo negou as 30 demissões, embora não descarte que elas possam ocorrer de forma pontual - e afirmou que o Telecine não diminuirá sua oferta de conteúdo - além dos seis canais Telecine e do Megapix, a marca ainda possui um serviço de streaming próprio, com títulos focados no cinema. Segundo a Globo, o catálogo é formado por mais de mil títulos atualmente.

“É natural que sinergias sejam buscadas dentro do ecossistema de canais da Globo, garantindo que o Telecine se mantenha uma referência em curadoria de cinema”, diz a nota enviada ao Estadão pela Comunicação Globo.

De acordo com uma fonte ouvida pela Estadão, o fim do Telecine como uma empresa independente já era esperado havia algum tempo. O clima entre os profissionais é de “o último a sair apaga a luz”. Segundo informações, a estrutura era cara e difícil de ser mantida, com custos altos e injustificáveis, como viagens a festivais, por exemplo. Muitos funcionários já conseguiram migrar para outras áreas da TV Globo.

O que muda a partir de agora

A “sinergia” a qual a Globo se refere no comunicado é o processo batizado de UmaSóGlobo, que começou em 2018 e, em janeiro de 2020, juntou TV Globo, Globosat, Som Livre, Globoplay, Globo.com, e DGCorp em uma só empresa.

Depois disso, em novembro de 2024, a Globo comprou o Telecine, antes pertencente a uma joint venture constituída em 1991, que unia a Globo à MGM, NBCU, Fox e Paramount. Na ocasião, o mercado já olhou o processo como uma desistência dos grandes estúdios internacionais pelo negócio de TV por assinatura convencional - eles passam cada vez mais a investir em plataformas próprias de conteúdo.

Atualmente, a Globo, como empresa, opera em três pilares - TV aberta, canais pagos e streaming - e tenta cada vez mais que o conteúdo tenha desdobramentos e trafegue nessas três diferentes plataformas, seja como produtos pagos ou gratuitos. Para isso, a “sinergia”, como a Globo prefere chamar a fusão de departamentos, seria necessária para diminuir os custos de produção e fortalecer o business atual da empresa.

Dessa forma, a partir de agora, alguns funcionários que faziam parte do Telecine não trabalharão mais de forma independente. Serão absorvidos em uma estrutura chamada Marketing de Produtos Digitais, da Globo, que envolve canais pagos e streaming, entre eles os canais Viva, Multishow, GNT, GloboNews, plataformas como G1 e GE e a plataforma Globoplay. Com o tempo, todas as outras áreas do Telecine também vão operar dessa forma, o que pode levar a uma redução de equipe. Para o mercado, o Telecine passará a ser apresentado como um produto Globo.
 
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