Rumble x Moraes: CEO desafia decisão do STF e vai processar ministro

Plataforma Rumble acusa ministro de violar soberania americana​


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O embate entre a plataforma de vídeos Rumble e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (19). O CEO da empresa, Chris Pavlovski, afirmou publicamente que não acatará as decisões do magistrado e prometeu levar a disputa para os tribunais.

A polêmica envolve a suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos, determinada por Moraes. O influenciador, que está nos Estados Unidos, é investigado no Brasil por disseminação de fake news e ataques contra ministros do STF. A Rumble, no entanto, se recusou a cumprir a ordem judicial, alegando que a decisão fere a soberania americana.

Além da Rumble, a Trump Media & Technology Group, empresa ligada ao ex-presidente Donald Trump, também entrou na briga jurídica. A companhia argumenta que as restrições impostas à plataforma de vídeos afetam diretamente suas operações, já que o Truth Social, rede social de Trump, depende dos serviços da Rumble para funcionar.

O que a Rumble alega?​

A ação movida nos Estados Unidos contra Moraes se baseia em três pontos principais:

  • Violação da soberania americana: segundo os autores da ação, o ministro brasileiro não tem autoridade para impor restrições a empresas sediadas nos EUA.
  • Prejuízo comercial: a decisão afetaria não apenas a Rumble, mas também outras companhias que utilizam sua infraestrutura, incluindo a Trump Media.
  • Liberdade de expressão: o caso levanta debates sobre até que ponto governos estrangeiros podem influenciar o funcionamento de plataformas digitais globais.
A Rumble tem adotado uma postura de resistência a ordens judiciais de remoção de conteúdo, especialmente quando envolvem questões políticas. A plataforma se posiciona como um espaço de liberdade de expressão e frequentemente se opõe a medidas de censura.

A disputa agora pode se tornar um problema diplomático, já que envolve diretamente as relações entre Brasil e Estados Unidos. Moraes, que já protagonizou embates com diversas plataformas digitais, agora terá que enfrentar o caso na justiça americana.

O desfecho ainda é incerto​

Enquanto a ação tramita nos EUA, a conta de Allan dos Santos segue bloqueada no Brasil. A decisão final pode estabelecer um precedente importante sobre a jurisdição de tribunais nacionais sobre empresas estrangeiras.

Se Pavlovski cumprir a promessa, Moraes terá que lidar com uma nova batalha – desta vez, em um território onde sua autoridade pode não ter o mesmo peso.
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Tenho experiência em matérias jornalísticas sobre entretenimento e tecnologia, trabalhando em diversos portais de notícias desde 2008.

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Deivison Liniker
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