Empresa declara guerra à pirataria e diz que pode bloquear remotamente consoles desbloqueados
A Nintendo deixou claro que não vai tolerar tentativas de desbloqueio ou modificação do Switch 2. A empresa estuda medidas severas para combater a pirataria.
De acordo com o insider SoldierDelta, a fabricante japonesa está disposta a inutilizar completamente o console caso detecte qualquer tipo de modificação ilegal.
A ideia é que o novo Switch 2 seja lançado com um sistema de proteção em nuvem que detecta desbloqueios e impede que o console funcione normalmente.
Esse sistema pode desativar o acesso à eShop, travar atualizações e até tornar o aparelho inutilizável permanentemente, caso o desbloqueio seja confirmado.
A Nintendo já tem um histórico agressivo contra modificações em seus aparelhos. No Switch atual, usuários com CFW (Custom Firmware) correm risco de banimento.
Mas no caso do Switch 2, a abordagem será mais radical: o console poderia parar de funcionar, mesmo offline, caso esteja violando os termos de uso.
A medida vem em resposta ao aumento da pirataria no Switch original, que teve sua segurança quebrada pouco tempo após o lançamento.
SoldierDelta afirma ainda que o novo modelo deve trazer proteção integrada ao chip, além de um sistema que exige autenticação online frequente.
A Nintendo também estuda vincular a conta do usuário ao console de forma mais rígida, impedindo o uso de software não autorizado ou compartilhamento.
Usuários que tentarem restaurar o sistema após uma tentativa de desbloqueio também podem ter dificuldades: os logs do aparelho denunciarão a violação.
Ainda não há confirmação oficial da Nintendo sobre essas medidas, mas a comunidade está em alerta com os rumores da nova política agressiva.
Se isso for implementado, o Switch 2 poderá se tornar um dos consoles mais fechados e protegidos contra modificações da história da empresa.
A reação dos fãs e da comunidade hacker ainda é incerta, mas muitos consideram as medidas drásticas demais para quem apenas deseja liberdade no uso.
O Switch 2 ainda não tem data de lançamento confirmada, mas é esperado para 2025 com melhorias significativas em desempenho e gráficos.
Enquanto isso, a Nintendo parece disposta a travar uma guerra aberta contra qualquer forma de desbloqueio no novo console.
Procon-SP reage com urgência
Para o Procon, isso fere direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor, que proíbe práticas desequilibradas e cláusulas que favoreçam apenas uma das partes.
Na visão do órgão, o contrato atualizado não apenas desequilibra a relação com os clientes, como ignora totalmente a legislação brasileira.
Segundo o Procon-SP, essa prática demonstra descaso com os consumidores brasileiros. Além disso, reforça a tese de que as novas regras são incompatíveis com o cenário legal do país.
Confira os principais pontos criticados no novo contrato:
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Permissão para desativação de contas e consoles sem justificativa clara
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Alterações unilaterais nos termos de serviço pela Nintendo
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Proibição de ações coletivas e outras formas de processos representativos
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Traduções mal feitas que indicam desatenção com as leis brasileiras
A empresa ainda não respondeu à notificação, mas a pressão aumenta. O Procon-SP pode recomendar sanções administrativas e até ações judiciais se a Nintendo não adequar o contrato à legislação nacional.