Bolsonaro vai ser preso? Ele foi denunciado pela PGR

Jair Bolsonaro é acusado de liderar organização criminosa

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Jair Bolsonaro nesta terça-feira (18) por tentativa de golpe de Estado. A acusação tem como base uma investigação da Polícia Federal (PF) que aponta o ex-presidente como líder de uma organização criminosa que tentou abolir o Estado Democrático de Direito.

Segundo o relatório da PF, Bolsonaro e seus aliados criaram uma falsa narrativa de fraude eleitoral para justificar ações que visavam impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo era manipular a opinião pública e lançar dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral de 2022.

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O documento também revela um aspecto ainda mais grave: Bolsonaro sabia de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Essa informação coloca o ex-mandatário em uma posição ainda mais delicada perante a Justiça.

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro

Relatório da PF detalha envolvimento de Bolsonaro

A Polícia Federal concluiu que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio direto e efetivo” das ações da organização criminosa. O golpe só não foi consumado por “circunstâncias alheias” à sua vontade, de acordo com os investigadores.

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Desde 2019, Bolsonaro e seus aliados construíram a tese de vulnerabilidade das urnas eletrônicas para minar a confiança da população no sistema eleitoral. Essa narrativa foi intensificada após sua derrota nas urnas, levando ao caos que culminou nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

Entre os indiciados pela PF estão ex-ministros como Braga Netto e Augusto Heleno, além de membros das Forças Armadas e ex-integrantes do governo Bolsonaro. Todos são acusados de crimes como:

  • Associação criminosa;
  • Violência política;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado.

Bolsonaro já está inelegível

Os problemas judiciais de Bolsonaro não começaram agora. Em 2023, ele foi condenado em dois processos que o tornaram inelegível por oito anos. A primeira decisão foi motivada pela reunião com embaixadores estrangeiros, na qual ele disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral sem apresentar provas. A segunda ocorreu após a Justiça Eleitoral considerar que ele usou as comemorações do Dia da Independência para fins políticos.

Além disso, ele está proibido de manter contato com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, seu próprio partido. A restrição foi imposta pelo STF no contexto da Operação Tempus Veritatis, que investiga o plano golpista de Bolsonaro.

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Novas denúncias podem surgir

Bolsonaro ainda pode enfrentar outras acusações em breve. A PGR avalia denunciá-lo por desvio de joias que teriam sido presenteadas ao Brasil pelo governo da Arábia Saudita. Ele também é investigado por falsificação de documentos de vacinação contra a Covid-19.

Com a denúncia já enviada ao Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro enfrenta seu momento mais crítico desde que deixou o Palácio do Planalto. A Justiça está fechando o cerco e o futuro do ex-presidente parece cada vez mais incerto.

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