Morre Léo Batista aos 92 anos, saiba a causa da morte

Aos 92 anos, o Brasil se despede do pioneiro que marcou a TV e o rádio com sua voz única e carisma​


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Léo Batista, um dos nomes mais icônicos do jornalismo esportivo brasileiro, faleceu neste domingo, 19, aos 92 anos.

Diagnosticado com um tumor no pâncreas, ele estava internado na UTI do Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro, desde o início do mês. A perda deixa um legado incomparável, repleto de pioneirismo e histórias que moldaram a comunicação esportiva no Brasil.

Nascido João Baptista Bellinaso Neto em Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo Batista começou cedo sua jornada profissional.

Aos 15 anos, um convite para atuar como locutor em sua cidade natal abriu portas para uma carreira que se estenderia por mais de sete décadas.

Do interior ao estrelato​

Filho de imigrantes italianos, Léo construiu sua carreira com humildade e dedicação. Adotou o nome artístico inspirado em sua irmã, Leonilda, para simplificar sua assinatura. Iniciou a trajetória como locutor na Rádio Difusora de Piracicaba e, em seguida, foi contratado para cobrir o XV de Piracicaba, em um dos momentos áureos do time no futebol paulista.

Quando a televisão começou a ganhar espaço no Brasil, Léo vislumbrou novas possibilidades. Em 1950, ainda na rádio, narrou a histórica derrota do Brasil para o Uruguai no "Maracanazo". Foi em 1955 que ele deu o passo definitivo para a televisão, tornando-se âncora do Telejornal Pirelli, na extinta TV Rio.

Uma carreira repleta de marcos​

Léo Batista era mais do que um locutor; ele era um contador de histórias. Entre seus principais feitos estão:

  • Ser o primeiro apresentador do Jornal Hoje, em 1971.
  • Lançar programas icônicos como Globo Esporte (1978) e Esporte Espetacular (1973).
  • Narrar momentos históricos, como o primeiro jogo de Garrincha no Botafogo e a morte de Getúlio Vargas.
  • Apresentar gols da rodada no Fantástico, atividade que se tornou uma de suas marcas registradas.
A versatilidade de Léo também o levou a outros formatos. Além de telejornais esportivos, atuou em programas como Globo Rural, mostrando sua capacidade de adaptação a diferentes temas.

Um legado que vai além das câmeras​

Com uma carreira que atravessou gerações, Léo Batista foi inspiração para inúmeros colegas. Luís Roberto o apelidou de "a voz marcante da televisão brasileira", um título que, mais tarde, batizaria uma série biográfica lançada pela Globoplay em 2024.

Mesmo após a perda de sua esposa Leyla em 2022, com quem foi casado por 60 anos, Léo continuou ativo. "Quem vai me aposentar é o homem lá de cima", disse em 2020, em uma entrevista ao jornal Extra.

Uma despedida com saudade​

A morte de Léo Batista representa o fim de uma era no jornalismo brasileiro. O país se despede de uma figura que não apenas narrou momentos históricos, mas também ajudou a escrevê-los.

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Tenho experiência em matérias jornalísticas sobre entretenimento e tecnologia, trabalhando em diversos portais de notícias desde 2008.

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Deivison Liniker
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