Luiz Bacci causa revolta ao usar morte de Preta Gil para falar de política

Postagem do jornalista foi vista como insensível e oportunista no dia da morte da cantora​


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Luiz Bacci, apresentador e jornalista da Record, se tornou o centro de uma polêmica após fazer uma publicação que mencionava a posição política da cantora Preta Gil — justamente no dia de sua morte.

A postagem de Bacci, que destacava o apoio de Preta Gil a Lula e sua postura firme nas eleições de 2018, foi recebida por muitos internautas como desrespeitosa, deslocada e até cruel.

Em vez de prestar uma homenagem à artista, o texto foi visto como uma tentativa de gerar engajamento explorando um momento de dor.

Nas redes sociais, a resposta foi imediata e contundente.

“Hoje era dia de silêncio, respeito e gratidão”, disse um seguidor, refletindo a indignação de milhares de outros. Segundo os comentários, o problema não estava em lembrar o posicionamento político da artista, mas no timing e na forma como isso foi feito — como se a complexidade de sua vida fosse reduzida a uma ideologia.


Muitos seguidores se mostraram decepcionados com o comportamento do jornalista, inclusive aqueles com visões políticas diferentes da cantora:
  • “Sou de direita e me envergonhei desse post. Preta era luz.”
  • “Você escolheu a manchete ao invés da humanidade.”
  • “Isso foi marketing disfarçado de homenagem.”

A principal crítica é que Bacci tentou encaixar Preta Gil em uma narrativa simplista, ignorando o fato de que ela era muito mais do que suas escolhas eleitorais.

Ela foi símbolo de resistência, de amor, de alegria e de luta por inclusão e representatividade.

Preta nunca escondeu sua opinião, mas também nunca desrespeitou o direito de outros pensarem diferente. Ela deixou de seguir pessoas que a atacavam, mas continuou sendo amiga de muitos que divergiam politicamente dela. Isso mostra que sua postura sempre foi de firmeza sem perder o respeito.

No mesmo dia, outros nomes da mídia como Antonia Fontenelle, que teve desavenças com Preta no passado, escolheram um caminho bem diferente: o do perdão e da empatia. Fontenelle publicou uma mensagem dizendo que a perdoava, reconhecendo o peso da perda e mostrando um raro momento de reconciliação pública.

Enquanto isso, Luiz Bacci foi acusado de transformar o luto nacional em palco de polarização. Uma escolha editorial que, ao invés de homenagear, acabou diminuindo a grandeza da figura de Preta Gil.

Quando o jornalismo ultrapassa o limite da sensibilidade?​


A busca por likes e engajamento tem levado jornalistas e influenciadores a perderem o senso de oportunidade. O luto é coletivo, mas o respeito deve ser pessoal — e público, principalmente para quem tem milhões de seguidores.

No fim das contas, a publicação de Bacci serviu mais como um alerta do que como homenagem. Um lembrete de que até no silêncio, às vezes, dizemos muito mais.
Sobre o autor
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Tenho experiência em matérias jornalísticas sobre entretenimento e tecnologia, trabalhando em diversos portais de notícias desde 2008.

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Deivison Liniker
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