Justiça condena ex-Repórter da Record por golpe que enganou doadores
A Justiça do Trabalho da Bahia condenou o apresentador Marcelo Castro a pagar R$ 10 mil à Record por danos morais.
A decisão expôs um esquema de desvio de doações, conhecido como “Golpe do Pix”, que envolveu mais de R$ 400 mil destinados a pessoas carentes.
Castro, que atualmente trabalha na TV Aratu, afiliada do SBT, é acusado de liderar uma organização criminosa que enganava telespectadores e desviava valores arrecadados durante o programa Balanço Geral, da Record.
A fraude veio à tona quando o jogador Anderson Talisca tentou doar R$ 70 mil para uma criança com câncer e percebeu que a chave Pix fornecida não era legítima.
Infelizmente, a criança faleceu pouco tempo depois, intensificando a revolta pública.
Como funcionava o golpe?
- Doações eram arrecadadas ao vivo no programa.
- Chaves Pix falsas eram exibidas na tela.
- O dinheiro ia para contas ligadas ao grupo.
- Apenas uma parte do valor chegava aos beneficiários reais.
A denúncia revelou que o esquema ocorreu entre 2022 e 2023, quando Castro ainda trabalhava na Record. Após ser demitido, ele e seu ex-editor, Jamerson Oliveira, criaram o site Alô Juca, que ganhou popularidade e os levou à TV Aratu.
Apesar da condenação no processo trabalhista, o caso criminal segue em andamento. Castro e Oliveira enfrentam acusações de organização criminosa e estelionato, o que pode resultar em penas mais severas.