Facções criminosas usam redes de telecom para lucrar ilegalmente
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está intensificando a luta contra o crime organizado no setor de telecomunicações.
Em uma iniciativa inédita, a agência solicitou participação no Grupo Nacional de Apoio ao Enfrentamento ao Crime Organizado (Gaeco Nacional).
O objetivo é fornecer suporte técnico e atuar junto ao Ministério Público Federal para combater facções criminosas que exploram ilegalmente as redes de telecomunicações.
O problema das redes sob ataque
Nos últimos meses, as redes de telecomunicações têm sido alvo constante de ações criminosas. Facções estão tomando controle de redes de internet e TV a cabo, ameaçando técnicos e impedindo a manutenção das operadoras.
O famoso "gatonet" também tem se expandido em áreas dominadas por criminosos, gerando prejuízos significativos para pequenos provedores e grandes empresas.
Estados como Rio de Janeiro, Ceará e Pará são os mais afetados. Em algumas regiões, as operadoras já evitam atuar devido à falta de segurança.
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, destacou que as empresas também são vítimas desse cenário, muitas vezes impossibilitadas de prestar serviços básicos à população.
A entrada da Anatel no Gaeco Nacional promete fortalecer o combate a essas práticas ilegais.
Criado em fevereiro, o Gaeco tem como foco o enfrentamento ao crime organizado, com suporte técnico e jurídico especializado. A parceria com a Anatel pode ser crucial para:
- Desarticular grupos criminosos que exploram redes de telecomunicações.
- Proteger técnicos e operadoras de ameaças e ataques.
- Combater o "gatonet" e outras operações clandestinas.
- Garantir a segurança das redes, permitindo que as empresas operem sem interferências.
A expectativa é que a atuação conjunta entre Anatel e Gaeco traga resultados concretos no combate ao crime organizado. No entanto, a implementação prática dessa parceria ainda é um desafio.
Enquanto isso, a população e as empresas continuam sofrendo com a insegurança e os prejuízos causados por essas práticas ilegais.